Iara Lemos, para o G1
A situação dos índios guaranis-kaiowás ganhou destaque nas últimas semanas devido a uma disputa de terras com fazendeiros da região. Os índios chegaram a divulgar uma carta em que diziam que iriam resistir até a morte na ocupação da terra caso tentassem retirá-los.
Os índios ocupam uma área de reserva nativa da fazenda Cambará, em Iguatemi, a 466 km de Campo Grande. Eles foram para a propriedade rural em novembro do ano passado, três meses depois de terem o acampamento onde moravam destruído em um ataque no dia 23 de agosto de 2011.
Autor do requerimento, o senador Randolfe Rodrigues afirmou que espera que a visita possa ocorrer, no máximo, na próxima semana. Segundo Randolfe, o Senado recebeu informações de que os índios ainda estão sofrendo com a violência na região. "Queremos fazer [a visita], no máximo, na semana vem. Este final de semana tivemos a notícia de violência contra os índios. O que o Brasil está assistindo é um crime que lesa a humanidade. É um crime de extermínio de uma população", disse o senador.
Na última terça-feira (30), o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS) cassou liminar (decisão provisória) de um juiz federal de Naviraí (MS) que determinava a desocupação pelos índios guarani-kaiowá de área na Fazenda Cambará.
Pela nova decisão, os índios devem permanecer no local até que sejam terminados os procedimentos administrativos de demarcação das terras. Eles não poderão impedir a circulação de pessoas no local nem ampliar a terra hoje ocupada, de 10 mil metros quadrados. Também não poderão desmatar áreas verdes nem caçar os animais da fazenda.
Do G1
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