Publicado em outubro 11, 2012 por HC
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) deverá avaliar ainda este ano o pedido de financiamento de longo
prazo para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio
Xingu, no Pará.
A informação foi dada pelo superintendente da Área de Energia da
instituição, Nelson Siffert, ao participar do seminário A Agenda da
Infraestrutura do Brasil, promovido pelo Instituto de Brasileiro de
Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).
Segundo Siffert, o corpo técnico do BNDES está procurando concluir a
análise de maneira a que o pedido de empréstimo possa ser submetido à
apreciação da diretoria da instituição. “Em seguida da aprovação por
parte da diretoria viria a contratação do crédito de longo prazo e
depois a liberação, mas isto dependerá da velocidade das empresas de
contratarem”.
Embora tenha se esquivado de revelar o valor do financiamento, o
superintendente do BNDES destacou a importância do empreendimento. “Eu
não gostaria de adiantar números, mas o banco entende o empreendimento
como um projeto muito importante e que agrega uma capacidade de energia
[ao Sistema Interligado Nacional – SIN] bastante expressiva”.
Na avaliação do executivo, é preciso analisar o projeto levando em
conta também as questões sócioambientais. “O banco está comprometido com
o projeto, mas tem que ser levado em conta também as questões
sócioambientais, o desenvolvimento do entorno [do empreendimento]. Eu
não gostaria de adiantar o valor do financiamento, mas será sim um valor
bastante expressivo – proporcional ao próprio empreendimento. É um
contrato único. Imagina-se que terá agentes repassadores, públicos e
privados. Então não será o BNDES sozinho”.
O superintendente da Área de Energia do BNDES disse que a carteira de
energia do banco vem crescendo bastante em relação ao ano passado e
deverá somar, este ano, cerca de R$ 15 bilhões, considerando também a
parte destinada à energia eólica, que está registrando um crescimento
“bastante expressivo”. “O desembolso do banco este ano para o setor de
energia deverá crescer cerca de 20%”.
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